WORLD CHAMPIONSHIPS JUNIORS: Análises dos sistemas de ataques (técnicas, direções, pegadas e transições) dos 16 campeões mundiais Sub 21
Seguindo a ideia de duas postagens feitas em setembro e outubro sobre alguns aspectos técnico-táticos dos campeões do Campeonato Mundial Sênior (Budapeste 2017), seguem as análises dos campeões mundiais Sub 21 (Zagreb 2017).
Embora apenas seis atletas tenham utilizado 4 ou 3 direções de desequilíbrio, nota-se que 75% dos campeões conquistaram pontuações com técnicas em direções opostas (frente e trás). Dois atletas apresentam o "*" em frente ao número de técnicas diferentes pois utilizaram técnicas que iniciaram com o mesmo tipo de encaixe, mas com finalização em direções diferentes (Tasoev: Ouchi-gari; Heydarov: Kata-otoshi).
O destaque de variação técnica são os atletas Katsoiev (AZE), Tasoev (RUS) e Papinashvili (GEO).
Figura 2: Quantidade de pontuações conquistadas via técnicas de projeção (nage-waza) e configurações de pegadas utilizadas nestes ataques dos atletas campeões mundiais Sub 21 de 2017.
Na variação de configurações de pegada, novamente os atletas Tasoev (RUS) e Papinashvili (GEO) se destacam, conquistando pontuações com 4 tipos diferentes de pegada.
Figura 3: Quantidade de pontuações conquistadas via técnicas de domínio (katame-waza) e tipos de transições de solo utilizadas nestes ataques dos atletas campeões mundiais Sub 21 de 2017.
Nas transições, o Japão novamente mostra que vem investindo no treinamento deste aspecto técnico-tático. Um exemplo claro disso é campeã da categoria -57 kg (Funakubo), que venceu seus 5 combates somente com transições. Outro destaque é a campeã da categoria -44 kg (Kuboi), que além de apresentar as quatro variações propostas nesta análise, por duas vezes estava sendo atacada no solo por suas adversárias e, com uma defesa ativa, inverteu a vantagem e imobilizou as oponentes.
Vale ressaltar que 75% dos campeões mundiais Sub 21 conquistaram pontos via transição no solo.
Figura 4: Pontuações com diferentes configurações de pegadas utilizadas por todos atletas campeões mundiais Sub 21 de 2017.
Em um olhar geral, como havia sido verificado com os campeões mundiais sênior, mais da metade das pontuações conquistadas pelos campeões mundiais Sub 21 foram com a pegada alta (29%) e tradicional (23%). Vale ressaltar que a configuração de pegada alta apresenta várias variações (mão da gola atrás do pescoço ou nas diversas partes das costas).
Figura 5: Quantidade de pontuações conquistadas via técnicas de domínio (katame-waza) e tipos de transições de solo utilizadas nestes ataques dos atletas campeões mundiais Sub 21 de 2017.
O tipo de transição mais frequente neste levantamento foi a transição direta para imobilizações. De fato, as imobilizações foram mais frequentes, com 87% das pontuações via transição destes atletas. Além das imobilizações, ocorreram 3 chaves de braço e 1 estrangulamento.
Figura 7: Percentual de finalizações nas transições de solo com (azul) e sem (laranja) a utilização de saídas da meia-guarda dos atletas campeões mundiais Sub 21 de 2017.
Outro aspecto interessante nas transições efetivas destes campeões foi que em 35% das vezes que eles conseguiram posicionar seus adversários na posição decúbito dorsal, os oponentes mantiveram a "meia-guarda". Desta forma, técnicas de saída da meia-guarda foram importantes para que os campeões pontuassem nas transições.
Nota: Vale ressaltar que estas análises descrevem somente os campeões. Para apresentar as reais tendências dos atletas de elite, futuras análises poderiam observar os perfis técnico-tático de todos os medalhistas, bem como incluir mais parâmetros.
Figura 1: Direções e técnicas efetivas dos atletas campeões mundiais sênior de 2017.
Embora apenas seis atletas tenham utilizado 4 ou 3 direções de desequilíbrio, nota-se que 75% dos campeões conquistaram pontuações com técnicas em direções opostas (frente e trás). Dois atletas apresentam o "*" em frente ao número de técnicas diferentes pois utilizaram técnicas que iniciaram com o mesmo tipo de encaixe, mas com finalização em direções diferentes (Tasoev: Ouchi-gari; Heydarov: Kata-otoshi).
O destaque de variação técnica são os atletas Katsoiev (AZE), Tasoev (RUS) e Papinashvili (GEO).
Figura 2: Quantidade de pontuações conquistadas via técnicas de projeção (nage-waza) e configurações de pegadas utilizadas nestes ataques dos atletas campeões mundiais Sub 21 de 2017.
Na variação de configurações de pegada, novamente os atletas Tasoev (RUS) e Papinashvili (GEO) se destacam, conquistando pontuações com 4 tipos diferentes de pegada.
Figura 3: Quantidade de pontuações conquistadas via técnicas de domínio (katame-waza) e tipos de transições de solo utilizadas nestes ataques dos atletas campeões mundiais Sub 21 de 2017.
Nas transições, o Japão novamente mostra que vem investindo no treinamento deste aspecto técnico-tático. Um exemplo claro disso é campeã da categoria -57 kg (Funakubo), que venceu seus 5 combates somente com transições. Outro destaque é a campeã da categoria -44 kg (Kuboi), que além de apresentar as quatro variações propostas nesta análise, por duas vezes estava sendo atacada no solo por suas adversárias e, com uma defesa ativa, inverteu a vantagem e imobilizou as oponentes.
Vale ressaltar que 75% dos campeões mundiais Sub 21 conquistaram pontos via transição no solo.
Figura 4: Pontuações com diferentes configurações de pegadas utilizadas por todos atletas campeões mundiais Sub 21 de 2017.
Em um olhar geral, como havia sido verificado com os campeões mundiais sênior, mais da metade das pontuações conquistadas pelos campeões mundiais Sub 21 foram com a pegada alta (29%) e tradicional (23%). Vale ressaltar que a configuração de pegada alta apresenta várias variações (mão da gola atrás do pescoço ou nas diversas partes das costas).
Figura 5: Quantidade de pontuações conquistadas via técnicas de domínio (katame-waza) e tipos de transições de solo utilizadas nestes ataques dos atletas campeões mundiais Sub 21 de 2017.
O tipo de transição mais frequente neste levantamento foi a transição direta para imobilizações. De fato, as imobilizações foram mais frequentes, com 87% das pontuações via transição destes atletas. Além das imobilizações, ocorreram 3 chaves de braço e 1 estrangulamento.
Figura 6: Exemplo da posicão de meia-guarda (Round 1 -78 kg: Toth vs. Umezu)
Outro aspecto interessante nas transições efetivas destes campeões foi que em 35% das vezes que eles conseguiram posicionar seus adversários na posição decúbito dorsal, os oponentes mantiveram a "meia-guarda". Desta forma, técnicas de saída da meia-guarda foram importantes para que os campeões pontuassem nas transições.
Nota: Vale ressaltar que estas análises descrevem somente os campeões. Para apresentar as reais tendências dos atletas de elite, futuras análises poderiam observar os perfis técnico-tático de todos os medalhistas, bem como incluir mais parâmetros.
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