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World Championships Juniors Bahamas 2018: Aspectos técnico-táticos das medalhistas

As ações efetivas das medalhistas no Campeonato Mundial Junior/Sub 21 Bahamas 2018 são apresentadas neste levantamento.


A maior parte dos pontos conquistados pelas medalhistas neste evento foram via técnicas de projeção (76%), sendo utilizadas 29 técnicas e variações.
Uchi-mata foi a técnica efetiva mais frequente, utilizada por 10 medalhistas, seguida pelo o-uchi-gari, efetivo para 8 medalhistas. 
Ashi-waza foi o grupo de técnicas mais frequentes, com 34% das pontuações via projeção.



As pegadas tradicional e alta foram as mais frequentes com, respectivamente, 36% e 31% das configurações de kumi-kata nas técnicas de projeção efetivas.



Em quase um terço das projeções (32%), as medalhistas usaram recursos “oportunistas” que envolveram contra-ataques (kaeshi-waza) ou ataques logo após o bloqueio ou esquiva de um ataque do oponente (go-no-sen), como nos exemplos acima.




Analisando as direções das técnicas de forma simplificada, 20 medalhistas pontuaram projetando para ambas direções. Destas, 13 também pontuaram com transições para ne-waza.




Quase um quarto dos pontos conquistados (24%) foram via técnicas de domínio, sendo efetiva para 21 medalhistas.

Imobilizações representaram a maior parte destas pontuações por katame-waza (74%).




Ao passo que metade das transições efetivas foram conquistadas com técnicas de domínio aplicadas imediatamente após uma projeção, as demais envolveram passagens nas costas ou saída da meia-guarda.



Nota: Os dados apresentados neste post foram coletados a partir do vídeos disponíveis no site www.judobase.org. As fotos fazem parte da galeria de imagens disponíveis no site www.ijf.org.
As informações apresentadas são uma análise descritiva, com valores absolutos e/ou relativos de alguns aspectos analisados nos vídeos disponíveis. Ainda que tenham sido apresentados alguns comentários, cabe ressaltar que não foram realizadas análises de probabilidade ou análises estatísticas inferenciais.

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