Finalizando a trilogia de análises dos Campeonatos Mundiais Cadete (Sub-18), Júnior (Sub-21) e Sênior, com as análises dos medalhistas do World Championships Juniors realizado em Marrakesh (MAR) em 2019.
Como geralmente tem sido observado nas análises dos medalhistas em campeonatos mundiais, as técnicas desequilibrando os oponentes para frente foram as que mais geraram pontuações, seguidas pelas técnicas desequilibrando para trás e pelas técnicas de domínio no solo.
Considerando estas duas direções, todos os campeões pontuaram em ambos desequilíbrios. Ao analisar todos os medalhistas, 75% pontuaram em ambas as direções.
Entre as 38 técnicas utilizadas pelos medalhistas, 34% foram ashi-waza, 29% sutemi-waza, 23% te-waza e 14% koshi-waza.
A técnica efetiva mais frequente neste grupo foi o uchi-mata , que gerou pontuações para 11 medalhistas.
A pegada alta foi a configuração de kumi-kata mais frequente nas técnicas efetivas dos medalhistas.
O medalhista de prata da categoria -73 kg, Georgii Elbakiev (RUS), conquistou todas suas 6 pontuações com esta configuração de pegada para chegar na final da categoria.
Por outro lado, 64% dos medalhistas foram efetivos com suas técnicas de projeção utilizando de 3 a 5 configurações de pegada diferentes.
Ataques realizados com o tori dominando a pegada representaram um quinto das pontuações conquistadas pelos medalhistas.
Vladimir Akhalkatsi (GEO), campeão da categoria -81 kg, conquistou dois pontos com este tipo de controle.
Ataques realizados durante a disputa de pegada também representaram um em cada cinco pontuações com nage-waza.
O medalhista de prata na categoria -66 kg, Takeshi Takeoka (JPN), pontuou duas vezes com este tipo de situação.
Os contragolpes (kaeshi-waza) também representaram 20% das ações efetivas dos medalhistas.
Alguns atletas usaram com maior frequência este recurso em seu sistema de ataques, como o alemão Louis Mai (bronze no -90 kg), que conquistou seus 3 primeiros pontos na competição com contragolpes.
Entre as pontuações conquistadas com técnicas de domínio, 75% foram via osaekomi-waza, 20% via shime-waza e 5% via kansetsu-waza.
Nas pontuações conquistadas via katame-waza, o tipo de transição mais frequente foi o ataque em ne-waza logo após a tentativa de projeção (7 pontos), seguido por transições diretas após projetar (6 pontos), transições após ataque falho do oponente (4 pontos), defesa ativa no solo (2 pontos) e transição intencional (1 ponto).
Zsombor Veg (HUN) pontou com sequência tachi-waza para ne-waza na disputa pelo bronze da categoria -100 kg. O húngaro já havia vencido seus dois primeiros combates com transições (sode-guruma-jime em uma defesa ativa e yoko-shiro-gatame após ataque falho do seu adversário).
Nota: Os dados apresentados neste post foram coletados a partir do vídeos disponíveis no site www.judobase.org. As fotos fazem parte da galeria de imagens disponíveis no site www.ijf.org.
As informações apresentadas são uma análise descritiva, com valores absolutos e/ou relativos de alguns aspectos analisados nos vídeos disponíveis. Ainda que tenham sido apresentados alguns comentários, cabe ressaltar que não foram realizadas análises de probabilidade ou análises estatísticas inferenciais.
Muito bom...
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