A pandemia da COVID-19 gerou um impacto relevante no processo de classificação dos atletas de judô para os Jogos Olímpicos Tokyo 2020/21. Embora 2020 tenha tido poucos eventos classificatórios, 2021 reuniu uma série de Grand Slam, além de um incomum Campeonato Mundial Sênior antes dos Jogos Olímpicos.
Mesmo sem todos os atletas que devem estar em Tokyo em busca do pódio olímpico, o evento reuniu 661 atletas de 118 países, garantindo disputas acirradas pelas medalhas mundiais e pelos últimos pontos para o ranking olímpico.
Veremos abaixo alguns levantamentos de aspectos técnico-táticos dos medalhistas (masculino e feminino):
Mais da metade das medalhistas (16) pontuou projetando suas oponentes para frente, para trás e também com técnicas de solo. Vale destacar que dois terços das medalhistas (19) conquistaram pontos com ataques no ne-waza. No aspecto variabilidade de direções de desequilíbrio, a campeã da categoria +78kg (Sarah Asahina – JPN) se destacou, sendo a única medalhista que projetou suas adversárias nas quatro direções e também pontuou no ne-waza. No masculino, pouco mais de um terço dos medalhistas (11) pontuou com um sistema de ataques que incluiu técnicas de solo e técnicas de projeção desequilibrando para frente e desequilibrando para trás. Analisando somente as técnicas de solo, pouco mais da metade dos medalhistas (15) pontuou com este tipo de técnica. Entre os medalhistas que não pontuaram no ne-waza, quase todos (12) projetaram seus oponentes entre 2 e 4 direções de desequilíbrio. A exceção foi o japonês Joshiro Maruyama (ouro -66kg), que conquistou todos seus pontos projetando apenas para frente esquerda. Dez medalhistas do feminino pontuaram utilizando a técnica uchi-mata, como a alemã Anna Maria Wagner (ouro -78kg). Ashi-waza foi o grupo de técnicas de projeção mais frequente entre as pontuações conquistas pelas medalhistas (44), seguido por sutemi-waza (31), te-waza (23) e koshi-waza (6). No masculino, os grupos das técnicas efetivas seguiram uma ordem de frequência diferente do masculino: te-waza (41), ashi-waza (35), sutemi-waza (31) e koshi-waza (11). Doze medalhistas pontuaram com a técnica sumi-otoshi, como o medalhista de bronze da categoria -100kg, Varlam Liparteliani (GEO), que pontuou duas vezes com esta técnica. A frequência de configurações de kumi-kata nas ações efetivas dos medalhistas do masculino e feminino se apresentaram diferentes, embora as pegadas alta, cinturando, tradicional e cruzada tenham sido as “Top-4” em ambos os sexos. Tato Grigalashvili (GEO, prata -81kg), Anna Maria Wagner (GER, ouro -78kg) e Anja Obradovic (SRB, bronze -63kg) foram os atletas que apresentaram maior variabilidade de configurações de pegada, projetando seus oponentes com 5 kumi-kata diferentes. A forma de ataque nas técnicas de projeção efetivas mais frequente entre as medalhistas do feminino foi o ataque com o kumi-kata estabilizado.
Quinze medalhistas do feminino pontuaram com este forma de ataque. Nora Gjanova (KOS, bronze -57kg) foi uma das atletas que mais pontuou com esta forma de ataque, vencendo três combates com ataques com kumi-kata estabilizado
Ataques durante a disputa do kumi-kata foi a forma mais frequente entre as pontuações conquistadas com nage-waza pelos medalhistas do masculino. Dezesseis medalhistas pontuaram com esta forma de ataque, com destaque para o português Jorge Fonseca (ouro -100kg), que projetou oito vezes durante a disputa de kumi-kata.
Nota: Os dados e gifs apresentados neste post foram coletados a partir do vídeos disponíveis no site www.ippon.org. As informações apresentadas são uma análise descritiva, com valores absolutos e/ou relativos de alguns aspectos analisados nos vídeos disponíveis. Ainda que tenham sido apresentados alguns comentários, cabe ressaltar que não foram realizadas análises de probabilidade ou análises estatísticas inferenciais.
Mesmo sem todos os atletas que devem estar em Tokyo em busca do pódio olímpico, o evento reuniu 661 atletas de 118 países, garantindo disputas acirradas pelas medalhas mundiais e pelos últimos pontos para o ranking olímpico.
Veremos abaixo alguns levantamentos de aspectos técnico-táticos dos medalhistas (masculino e feminino):
Mais da metade das medalhistas (16) pontuou projetando suas oponentes para frente, para trás e também com técnicas de solo. Vale destacar que dois terços das medalhistas (19) conquistaram pontos com ataques no ne-waza. No aspecto variabilidade de direções de desequilíbrio, a campeã da categoria +78kg (Sarah Asahina – JPN) se destacou, sendo a única medalhista que projetou suas adversárias nas quatro direções e também pontuou no ne-waza. No masculino, pouco mais de um terço dos medalhistas (11) pontuou com um sistema de ataques que incluiu técnicas de solo e técnicas de projeção desequilibrando para frente e desequilibrando para trás. Analisando somente as técnicas de solo, pouco mais da metade dos medalhistas (15) pontuou com este tipo de técnica. Entre os medalhistas que não pontuaram no ne-waza, quase todos (12) projetaram seus oponentes entre 2 e 4 direções de desequilíbrio. A exceção foi o japonês Joshiro Maruyama (ouro -66kg), que conquistou todos seus pontos projetando apenas para frente esquerda. Dez medalhistas do feminino pontuaram utilizando a técnica uchi-mata, como a alemã Anna Maria Wagner (ouro -78kg). Ashi-waza foi o grupo de técnicas de projeção mais frequente entre as pontuações conquistas pelas medalhistas (44), seguido por sutemi-waza (31), te-waza (23) e koshi-waza (6). No masculino, os grupos das técnicas efetivas seguiram uma ordem de frequência diferente do masculino: te-waza (41), ashi-waza (35), sutemi-waza (31) e koshi-waza (11). Doze medalhistas pontuaram com a técnica sumi-otoshi, como o medalhista de bronze da categoria -100kg, Varlam Liparteliani (GEO), que pontuou duas vezes com esta técnica. A frequência de configurações de kumi-kata nas ações efetivas dos medalhistas do masculino e feminino se apresentaram diferentes, embora as pegadas alta, cinturando, tradicional e cruzada tenham sido as “Top-4” em ambos os sexos. Tato Grigalashvili (GEO, prata -81kg), Anna Maria Wagner (GER, ouro -78kg) e Anja Obradovic (SRB, bronze -63kg) foram os atletas que apresentaram maior variabilidade de configurações de pegada, projetando seus oponentes com 5 kumi-kata diferentes. A forma de ataque nas técnicas de projeção efetivas mais frequente entre as medalhistas do feminino foi o ataque com o kumi-kata estabilizado.
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Nota: Os dados e gifs apresentados neste post foram coletados a partir do vídeos disponíveis no site www.ippon.org. As informações apresentadas são uma análise descritiva, com valores absolutos e/ou relativos de alguns aspectos analisados nos vídeos disponíveis. Ainda que tenham sido apresentados alguns comentários, cabe ressaltar que não foram realizadas análises de probabilidade ou análises estatísticas inferenciais.
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