Com frequência, comento sobre a relevância da variabilidade nas análises de desempenho dos atletas de judô nos eventos da IJF. Isso está relacionado à IMPREVISIBILIDADE, ou seja, se o seu oponente não conseguir prever suas próximas ações, ele terá dificuldades para conseguir defender ou realizar um contragolpe. Assim, o tori aumentaria suas chances de pontuar.
Outra tática utilizada pelos atletas para diminuir a previsibilidade de suas ações são as fintas, que podem ser definidas como ações falsas com a intenção de fazer o oponente reagir incorretamente (Sannohe, 2007). O termo em japonês para fintas é damashi-waza (Sacripanti, 2014).
Ilustração didática da execução de um tipo de finta, disponível no único estudo encontrado sobre fintas no judô: Methods of feints in judo throwing techniques - Sannohe (2007) (acesse clicando aqui) |
Nas análises das ações efetivas dos medalhistas em eventos do IJF World Tour publicados nesse blog, as fintas geralmente ocorrem nos ataques realizados quando o tori está com o kumi-kata estabilizado (dominando). Até o presente momento (totalizando 4215 ações efetivas, de 531 atletas, em 34 eventos internacionais), ataques dominando o kumi-kata é a segunda forma de ataque mais utilizada nas ações efetivas deste grupo analisado.
Dashboard interativo disponível em https://lookerstudio.google.com/s/pIIuim6bMvI |
Veja alguns exemplos de fintas:
Finta com movimento prévio: Na primeira rodada do Baku Grand Slam 2022, Zelym Kotsoiev (AZE) realiza uma finta balançando sua perna direita antes de projetar com uchi-mata. |
Também com uma finta com um movimento prévio, Guram Tushishvili (GEO) quebra a inércia fazendo seu oponente avançar, atacando com um tsuri-goshi na final do Antalya Grand Slam 2022. |
Outros exemplos interessantes estão disponíveis no Super Star Judo: https://www.superstarjudo.com/videos/korean-judo-twitches-and-feints
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